sábado, 18 de junho de 2011

OP na Lomba do Pinheiro tem a Menor Plenária da Sua História

Ocorreu no dia 04/06/2011, a menor plenária do Orçamento Participativo (OP) da Lomba do Pinheiro, desde a sua implantação, há duas decadas atrás.

Também ocorre pela primeria vez o desistimulo pela disputa na composição de chapas para Conselheiros, que representarão a região na Coordenação do Orçamento Participativo (COP). Fato de se estranhar, visto que esse foi sempre um ato forte nesses momentos das plenarias Regionais.

A Lomba do Pinheiro sempre foi pioneira na participação popular nesses encontros, sendo protagonista na elevada articulação de pessoas. Este sinal de esvaziamento merece reflexão. Que rumo tem sido dado para o OP na região? Seus efeitos tem sido coerente com as demandas apontadas pelas comunidades? A quem de fato os Conselheiros eleitos tem representado?

Eis a questão que merece análise, substimar a capacidade de inteligência das pessoas tem limite. Inumeras surpresas são percebidas e chocado aos que conhece a dinâmica do ciclo do OP na capital. Entretanto, a alternância da participação de delegados que a cada ano se renovam e pessoas que só participam até a realização de sua conquista ou frustração de não vê-la concretizada, pode ser sintomas desse esvaziamento.

Não é difícil pegar os Cadernos dos Planos de Investimentos (PI's) e perceber onde tem sido direcionado os principais recursos aprovados pelo gestor municipal. Coincidência ou força de privilégio de informações e poder de decisão dos que são eleitos para representar o conjunto dos moradores da região? Parar e refletir faz bem pra saúde!!

Francisco Geovani de Sousa
Coordenador do Conselho Popular
da Lomba do Pinheiro

2 comentários:

  1. Parabéns Geovani, pela variedade de assuntos que tens publicado neste canal de informação que você tem se dedicado a tanto tempo. Parabéns também por esta cobertura sobre a plenária regional do OP deste ano aqui na Região 4. Se não quiser publicar este meu comentário entenderei, sem problemas tá, sinta-se bem. Queria entretanto concordar e discordar contigo. Você é uma grande liderança que temos no nosso município, concordando ou não com a forma como você conduz alguns processos à frente do Conselho Popular. Concordo contigo a respeito que este ano tivemos a menor participação de moradores no OP da Lomba desde a sua criação. Concordo quando provocas: "Este sinal de esvaziamento merece reflexão. .. A quem de fato os Conselheiros eleitos tem representado?" De fato, apesar dos poucos anos de experiência que tenho no OP, apesar do meu imenso interesse em conquistar dias melhores aos que mais precisam e fiscalizar o gasto público, percebo que quase sempre os(as) Conselheiros(as) tendem a parcialidade no trato da fiscalização ao gestor e às reivindicações mais urgentes a serem atendidas. Sempre cobrei, como delegado, o cumprimento do RI integralmente. Mas discordo que por maior imparcialidade que os nossos Conselheiros e Conselheiras tenham tido no trato da coisa pública, fosse possível barrar a mente tacanha com que os gestores agiram até aqui. Nem sempre o que um bom representante nosso no OP queira fazer em prol dos seus representados tem força contra administrações que ao invés de fazerem superávit, ao contrário, concederam novas demandas mesmo sem terem feito as obras conquistadas em PIs anteriores. Igual a um Pai que não consegue cumprir o que se comprometeu a dar a um filho, mas ano a ano vai aumentando as promessas. Ao invés de gastar os seus recursos de forma adequada, economizar onde é possível sem comprometer o sustento da família, para poder realizar as promessas que fez ao filho no anos anteriores, este pai faz mais promessas que não conseguirá cumprir. Felizmente, se o atual prefeito cumprir o audacioso e correto plano de fazer obras novas TODAS dentro do ano calendário, e fazer as que se comprometeu que estavam pendentes, viveremos um novo ciclo na história do OP, contribuindo significativamente para a volta da credibilidade da Participação Popular na elaboração do orçamento do município.Para finalizar, eu creio que é hora sim, de paramos e refletirmos, iniciarmos COM OUSADIA a boa reflexão. Qual democracia nós queremos no OP? O prefeito tem que OUVIR a população e com a ajuda dos seus Conselheiros, decidir onde serão feitas as obras e serviços públicos no ano seguinte, caso contrário, não seremos Delegados ou Conselheiros de algo PARTICIPATIVO. Sabe Geovani, o melhor OP que uma região pode querer, é aquele onde TODOS se reúnem numa MESMA Assembléia, COMO CIDADÃOS, e escolhem as PRIORIDADES olhando para a situação DE TODO o bairro. Mas o que fazemos, atualmente, é o contrário. Cada vila faz a sua reunião individual, e pior, quem decide as demandas são os membros da diretoria de uma associação, ou quando muito se reúnem em uma assembléia INDIVIDUAL com meia dúzia de moradores para demandar obras para a sua PRÓPRIA vila. Os delegados deveriam ser escolhidos já nesta grande assembléia CONJUNTA. Cada morador se colocaria disposição e seu nome seria colocado numa lista. Depois no dia da grande Assembléia da Região organizada pela Prefeitura Municipal, em cima do número de delegados que cada entidade conquistou, se faria uma reunião em cada entidade para que seus pares elejam os delegados com base na lista de interessados. Obrigado. Quero poder olhar para você como um companheiro da boa luta. Desculpe se nem sempre sou humilde para fazer isso e estender-lhe a minha mão e confiar em ti e dizer-lhe que gostaria que confiasses em mim também. Todos ganham quando pessoas, embora diferentes, são iguais por se respeitarem civilizadamente.

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  2. Caro João!!
    Fico grato pelo comentário e devo dizer-lhe que não temos pontos divergentes aqui. Temos olhares de âgulos diferentes sobre o mesmo processo que gira essa dinâmica. O diferente, na democarcia, não pode ser visto como estranhamento e nem forma de segregação, ou muito menos dos que microscopeiam quem são os bons e os maus, numa logica maniqueista. Mas sim numa perspectiva do novo e de uma nova possibilidade de se construiir alternativas protagonizando efitos justos em consenso mínimo. Custumo dizer que a vaidade e/ou o orgulho pessoal nunca deva ser um instrumento gerador de prejuizos para o coletivo, para a sociedade e o bem comum. Pensar diferente é salutar!Já vivi etapas importantes na dinâmica do OP na Lomba do Pinheiro, como por exemplo as assembléas das comunidades serem realmente convidadas para a eleição de suas demandas e depois mobilizadas novamente para serem defendidas numa reunião amplamente mobilizada nas microregiões. Esses momentos eram extremamente ricos e os representantes dessas comunidades eram apenas facilitadores desse processo. A penária regional, após essa antítese, era apenas o resultado, a síntese de todos esses momentos, cujos os delegados eleitos, tinham, de certa forma, clareza do seu papel e os debates, embroa exautivoss eram muitos siginificativos. Hoje fizemos uma mera fixão cartorial e quem as vezes percebo definindo a direção dessas demandas são os que mais detem as infomações primeiramente, e o FROP, o grande espaço de relatos dessas questões já decididas. E, portanto, como vemos, um espaço de informes e relatos. Por isso, acho que temos que impor nova dinâmica e retomar experiências já exitosas em outras épocas, com respeito as decisões das mais diversas comunidades e a pluralidades de pensamento de todos os que participam. Não te preocupa teu comentário é importante e será mantido na psotagem!
    Um abraço,
    Geovani

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