Como negativa ao pedido, a EPTC
apresenta Exposição de Motivos quanto à utilização dos corredores e faixas
exclusivas dos ônibus por táxis e lotações na cidade de Porto Alegre.
Para tanto, salientam que a
estruturação do serviço de transporte metropolitano e urbano teve inicio desde
o Plano de Desenvolvimento Metropolitano em 1973/76 através do PLAMET – Plano
Metropolitano de Transporte; TRANSCOL – Estudo de Transporte Coletivo da RMPA e
o Projeto de Corredores Metropolitanos – COMET, com a implantação de vias
exclusivas de ônibus em Porto Alegre e com o trem Metropolitano.
Argumentam que os corredores
projetadores e implantados por estes planos no inicio da década de 90 começaram
a apresentar sinais de saturação com o crescimento da oferta e da demanda.
Segundo os mesmos, o Plano Diretor de
Transporte Coletivo de Porto Alegre elaborado em 2000 analisou os modelos de
Tronco-Alimentação e potencializou os corredores de ônibus. Além disso,
incorporou os conceitos estabelecidos no TRANSCOL (operação troncal com alimentação)
incorporando novos conceitos e novas tecnologias (troncalização flexibilizada –
integração tarifária temporal); aproveitamento da infraestrutura instalada
(corredores e terminais); e rede bidirecional articulada em nós (terminais
intermodais, regionais, pontos de conexão e pontos de transferência).
Seguindo a exposição, relatam que os
corredores de transporte coletivo proporcionam maior velocidade comercial,
melhores condições de embarque e desembarque, integração entre linhas,
prioridade ao transporte coletivo, operação em comboios ordenados (COMONOR),
maior capacidade de transporte, e o mais importante a priorização do transporte
coletivo por ônibus sobre os demais modais.
Alertam que cabe destacar, que Porto
Alegre é referência nacional e mundial em operações em transporte coletivo por
ônibus em corredores exclusivos face aos grandes volumes.
Acrescenta-se ainda que os corredores
(maioria) de Porto Alegre são localizados no meio da pista de rolamento e as
estações de embarque e desembarque constituem-se em locas equipados e
projetados voltados a propiciar segurança dos pedestres. As estações são pontos
de travessia seguras com semáforos para pedestres. Além disso, localizam-se em
vias de alto volume de tráfego. Todas as entradas e saídas dos ônibus no
corredor são feitas nas cabeceiras das pistas ou em outros pontos localizados
estrategicamente na via dotados de equipamentos de segurança.
Afirmam que a utilização dos
corredores por táxis e por lotações vem em prejuízo do próprio usuário do
respectivo modal, pois não haverá espaço para os mesmos pararem nas plataformas
das estações nem ao longo do itinerário. Reforçam que a operação de embarque e
desembarque seria no meio da pista de rolamento sem contar com a entrada e
saída dos veículos de forma imprópria dentro do corredor cortando os demais
fluxos das vias.
Segundo seguem, destacam que cabe salientar
que a principal característica do Transporte Público Individual – Táxi e à
micro acessibilidade de seus usuários são caracterizados por um transporte
“porta a porta” o que não combina com a utilização dos corredores para este
modal.
Outro ponto importante a ser colocado
pela EPTC, seria a complexidade do estabelecimento das regras de utilização e
operação associadas a impossibilidade de fiscalização por parte do órgão
gestor. E, portanto, como já foi citado anteriormente as estações dos
corredores não contemplam ônibus acrescido de táxis ou lotação.
Diante disso, concluem, respondendo à
solicitação feita pelas lideranças da região, que a presente proposta vem a
descaracterizar a operação do transporte coletivo por ônibus. Isto posto, são
de parecer veementemente contrários a utilização dos corredores de ônibus por
táxis e lotações.
Francisco Geovani de Sousa
Coordenador do Conselho Popular
da Lomba do Pinheiro
A resposta foi compeendia pela Coordenação do Conselho Popular. Para nós é pauta esgotada!
ResponderExcluirGeovani