domingo, 30 de janeiro de 2011

Aleinação Parental o Que é Isso?

A Alienação Parental constitui um complexo fenômeno sujeito a múltiplas variáveis - que se estendem do orgânico ao emocional, do psiquiátrico ao psicológico, do normal ao patológico. Trata-se, conforme estabelecido no artigo 2º da Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010, que: "Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculo com este".

Conheça o conteúdo da Lei:
http://flitparalisante.wordpress.com/2010/08/31/lei-de-alienacao-parental-lei-n%C2%BA-12-318-10-influenciar-negativamente-filhos-contra-genitor-geralmente-ex-conjuge/

Em geral ocorre pós separações mal resolvidas entre casais, onde um dos cônjuges, como forma de atingir o outro, usa o filho(a) como forma de "afetá-lo(a) moralmente. Usa o expediente de colocar o genitor(a) alianante como alguém que não merece sua atenção e por isso cria mecanismos para afastá-lo do seu convívio afetivo.

Após a aprovação da Lei acima referida, o assunto tem sido pauta em conferências e no meio acadêmico, com o propósito de preservar a integridade psíquica desses filhos envolvidos, que em tese, muitas vezes, se quer entendem o por que dessas atitudes oriundas dos conflitos não resolvidos pelos pais adultos.

Os Conselhos Tutelares, as varas de família, são por vezes, os principais palcos onde esse cenário é protagonizado. Uma das partes, em geral, os procura para queixar-se da atitude nociva do alienador.

A incidência desse episódio da Alienação Parental, extremamente prejudicial a saúde mental de crianças e adolescentes, nutre outro evento: o da Síndrome das Falsas Memórias, que traz em si a conotação das memórias fabricadas ou forjadas, no todo ou em parte, na qual ocorrem relatos de fatos inverídicos, supostamente esquecidos por muito tempo e posteriormente relembrados. São erros que se devem à memória, e não à intenção de mentir. Podem ser implantadas por sugestão e consideradas verdadeiras e, dessa forma, influenciar o comportamento.

O certo é que todo adulto deve ser preocupado com o crescimento saudável dos seus filhos, procurando se abster dos orgulhos e vaidades e preservar aos mesmos, os princípios de respeito, lealdade, solidariedade e verdade. Resolver seus atos de problemas não resolvidos sem usá-los como moeda de troca ou como forma de prejuízo ao outro.

Toda criança é um ser humano, fisicamente frágil, mas com o privilégio de ser o começo da vida, incapaz de se auto-proteger e dependente dos adultos para revelar suas potencialidades, mas, por isso mesmo, merecedora do maior respeito.

Os agentes sociais e instituições que trabalham com famílias devem mediar e ficarem atentas para essa realidade, pois a mesma pode se transformar em demandas futuras da sociedade, seja nos conflitos psicológicos que estes passarão a sofrer ao longo de suas vidas, em possíveis vidas institucionalizadas ou em pessoas revoltadas com o seu entorno.

Para ilustrar um pouco esse enunciado, assista ao vídeo, em anexo: "A Morte Inventada"!!
Francisco Geovani de Sousa
Assitente Social e Pós-Graduando em
Gestão da Política de Assitência Social

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