Intervenção artística e política dos alunos da EMEF Saint Hilaire
reivindica a conclusão das obras do Centro de
Artes e Esportes Unificado
Durante o segundo trimestre deste
ano foi desenvolvido o projeto “Novas leituras do nosso bairro” que foi
construído com os oitavos anos da EMEF Saint´Hilaire. O trabalho teve como
principal objetivo o fortalecimento do sentido de comunidade entre os alunos e
a resinificação e valorização do espaço em que estão inseridos.
A proposta
teve como ponto de partida algumas falas dos moradores do bairro sobre as
escassas opções de lazer no bairro. Foram realizadas várias atividades de
sensibilização com os estudantes envolvendo as áreas de Artes, Filosofia e
Geografia, e posteriormente um saída orientada pela Lomba do Pinheiro.
Um dos
pontos foi o ainda inacabado CEU- Centro de Artes e Esporte Unificado, obra que
era para ser concluída em 2016. Os estudantes ao visitarem o espaço perceberam
como o lugar poderia abrigar muitas pessoas e oferecer diversas opções de
lazer. Segundo duas estudantes, Laura e Isadora: “Quando ficar pronto vai ser bonito, vai ter uma sala de cinema, uma
pista de skate, uma quadra de futebol e uma Praça de Alimentação”.
Sabendo que a Prefeitura afirmou que vai retomar as obras,
mas nada ainda foi feito, e que o Conselho Popular da Lomba do Pinheiro criou uma comissão de ativistas para
acompanhar o caso, os estudantes foram desafiados a planejar uma intervenção
artística nos tapumes ao redor do CEU. Durante a visita tivemos o privilégio de
sermos monitorados pelo Conselheiro do CROP, Ricardo e de Geovani, da
coordenação do Conselho Popular.
Durante o mês de Agosto, os estudantes confeccionaram
cartazes reivindicando a abertura da praça, alguns desses foram colados na
última semana do mês e agora fazem parte da paisagem urbana que compõe a
Avenida João Oliveira Remião.
Por meio desses cartazes chamados lambe-lambe
buscamos usar a arte para fazer uma crítica social e buscar, ainda que
singelamente, transformar a vida das pessoas provocando uma reflexão sobre os
espaços de lazer disponíveis nas periferias e o papel do poder público na
criação e manutenção desses espaços.
Uma arte urbana desse tipo tem um caráter
efêmero, pode ser desfeita pela chuva, receber outra colagem por cima, mas ela
encontra sentido no fato que está a céu aberto em um espaço onde todos passam e
podem vê-la, é democrática, assim como devem ser espaços públicos como o CEU.
O
grupo de estudantes sentiu a necessidade de chamar a atenção para a necessidade
de conclusão da obra e da ampliação das possibilidades de diversão, esporte e
lazer. Afinal, como foi escrito em muito cartazes: A PRAÇA É NOSSA!
Aline Lima, Janderson Gonçalves, Miriam Paz e Marco Mello
(Professores, de A rtes, Geografia e Filosofia da EMEF Saint Hilaire)
parabéns aos alunos pois é terrível ver esta situação, então não tivesse inicializado a obra que está a virar um lugar para consumo de drogas.
ResponderExcluirVamos reivindicar nossos direitos. As praças e parques dos bairros nobres estão recebendo investimentos. A Lomba não pode ficar esquecida!
ResponderExcluirPor mais espaços de lazer, esporte e cultura para crianças e jovens na Lomba e na periferia. Adorei essa intervenção.
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