quarta-feira, 6 de setembro de 2017

A PRAÇA É NOSSA! Afirma a Juventude da Lomba do Pinheiro



Intervenção artística e política dos alunos da EMEF Saint Hilaire
reivindica a conclusão das obras do Centro de Artes e Esportes Unificado

Durante o segundo trimestre deste ano foi desenvolvido o projeto “Novas leituras do nosso bairro” que foi construído com os oitavos anos da EMEF Saint´Hilaire. O trabalho teve como principal objetivo o fortalecimento do sentido de comunidade entre os alunos e a resinificação e valorização do espaço em que estão inseridos.

A proposta teve como ponto de partida algumas falas dos moradores do bairro sobre as escassas opções de lazer no bairro. Foram realizadas várias atividades de sensibilização com os estudantes envolvendo as áreas de Artes, Filosofia e Geografia, e posteriormente um saída orientada pela Lomba do Pinheiro. 

Um dos pontos foi o ainda inacabado CEU- Centro de Artes e Esporte Unificado, obra que era para ser concluída em 2016. Os estudantes ao visitarem o espaço perceberam como o lugar poderia abrigar muitas pessoas e oferecer diversas opções de lazer. Segundo duas estudantes, Laura e Isadora: “Quando ficar pronto vai ser bonito, vai ter uma sala de cinema, uma pista de skate, uma quadra de futebol e uma Praça de Alimentação”.

Sabendo que a Prefeitura afirmou que vai retomar as obras, mas nada ainda foi feito, e que o Conselho Popular da Lomba do Pinheiro criou uma comissão de ativistas para acompanhar o caso, os estudantes foram desafiados a planejar uma intervenção artística nos tapumes ao redor do CEU. Durante a visita tivemos o privilégio de sermos monitorados pelo Conselheiro do CROP, Ricardo e de Geovani, da coordenação do Conselho Popular.

Durante o mês de Agosto, os estudantes confeccionaram cartazes reivindicando a abertura da praça, alguns desses foram colados na última semana do mês e agora fazem parte da paisagem urbana que compõe a Avenida João Oliveira Remião. 

Por meio desses cartazes chamados lambe-lambe buscamos usar a arte para fazer uma crítica social e buscar, ainda que singelamente, transformar a vida das pessoas provocando uma reflexão sobre os espaços de lazer disponíveis nas periferias e o papel do poder público na criação e manutenção desses espaços.


Uma arte urbana desse tipo tem um caráter efêmero, pode ser desfeita pela chuva, receber outra colagem por cima, mas ela encontra sentido no fato que está a céu aberto em um espaço onde todos passam e podem vê-la, é democrática, assim como devem ser espaços públicos como o CEU. 

O grupo de estudantes sentiu a necessidade de chamar a atenção para a necessidade de conclusão da obra e da ampliação das possibilidades de diversão, esporte e lazer. Afinal, como foi escrito em muito cartazes: A PRAÇA É NOSSA!

Aline Lima, Janderson Gonçalves, Miriam Paz e Marco Mello
(Professores, de A rtes, Geografia e Filosofia da EMEF Saint Hilaire)

3 comentários:

  1. parabéns aos alunos pois é terrível ver esta situação, então não tivesse inicializado a obra que está a virar um lugar para consumo de drogas.

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  2. Vamos reivindicar nossos direitos. As praças e parques dos bairros nobres estão recebendo investimentos. A Lomba não pode ficar esquecida!

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  3. Por mais espaços de lazer, esporte e cultura para crianças e jovens na Lomba e na periferia. Adorei essa intervenção.

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